sábado, 5 de maio de 2007

Um pouco sobre minhas experiências profissionais

Não faz tanto tempo assim que sou professora, apenas 10 anos. Para alguns pode ser que pareça pouco tempo; para outros, muito.

Ao me deparar com a atividade proposta no tópico 8.2.2, passei alguns dias em reflexão. Será que tenho algo realmente marcante em minhas práticas didáticas? Comentar sobre uma única seria o mais adequado? Muitas dúvidas surgiram e estão até este momento em minha mente...

Lembro-me das turmas do Técnico em Admistração de Empresas, em Louveira. Durante dois anos - e eu era recém-formada! - ensinei o que julgava ser importante e que seguia o tal do Planejamento. Na verdade, fiz algo de diferente: sempre que solicitava uma produção textual aos alunos, lia com a maior boa vontade. Quando notava que alguma redação não estava adequada, marcava um belo R no lugar da nota, os alunos sabiam que deveriam reescrever e me entregar as duas folhas (isso faço até hoje e aprendi na faculdade com uma professora de LPT.). Não é que, depois desses dois anos, um determinado aluno, que reescrevia pelo menos três vezes cada texto, conseguiu melhorar muito e obteve a maior nota daquela época! Ele se surpreende tanto que não acreditava no que via. Quanto a mim? Disse-lhe que, depois de tanta perseverança e dor de cabeça, ele havia superado os problemas na elaboração dos textos.

Outro fato que me vem à mente é do quanto pego no pé dos alunos e cobro sobre suas posturas na própria sala de aula. Em certa ocasião, numa de minhas atividades sobre interpretação textual, bem no momento da correção, apenas uma aluna respondia, enquanto que os demais ficavam quietos e apagavam o que haviam escrito para copiar o que a menina falava. Sinceramente, isso não me agradou nem um pouco e precisei intervir. Ao questionar alguns daqueles "anjos", descobri que aquela garota era considerada por muitos colegas docentes como a "melhor" da escola, que o que falava sempre deveria ser considerado certo... Affff... Comecei a questionar os outros alunos daquela classe com mais freqüência, enquanto que a referida aluna era a última a ter o direito de responder. Não gosto nem um pouco desta hitória do "ser" conformado com tudo e que aceita apenas as opiníões dos outros.

Acho que, por enquanto, estes dois relatos exemplificaram um pouco do que tenho de marcante em minha vida profissional. Se alguém quiser fazer uso deles, que se sinta à vontade!

Um comentário:

Robinéia Costa disse...

Angel:

Fica provaro no seu primeiro relato de que os erros devem ser usados para a obtenção do aprendizado. E que muitas vezes, a repetição pode ser o caminho.

No segundo relato, tenho um caso parecido numa 6ª série aqui em Morungaba. São dois alunos tidos como os mais inteligentes e que na maioria das aulas tenho que pedir para que esses deem oportunidades aos aos outros também. O que percebo, é que esses alunos tidos como os mais inteligentes são solitários e possuem poucos ou nenhum amigo. São discriminados, pelos próprios colegas que copiam as suas lições. Estranho não?.